sexta-feira, 20 de maio de 2011

Adriano de Sousa vence no Rio

Depois de 10 dias de evento, Adriano de Sousa vence Taj Burrow na final levando o caneco e o cheque para casa.
Ao rever os heats nos "videos on demand", sem por em causa o vencedor do evento, os scores do heat dos quartos de final entre Adriano e Owen Wright parecem-me um pouco polémicos. O trabalho dos juízes é difícil mas neste heat houve ali alguma confusão com os scores. Ou os scores do Owen foram muito baixos ou o floater do Adriano foi muito pontuado. Alem disso a ASP emitiu um comunicado tentando minimizar os estragos ou as polémicas que se foram instalando em blogs e sites.

A onda em que o Adriano faz o floater foi de facto a maior onda do heat, o floater foi longo e com finalização critica, mas dai a ter aquele score, parece-me muito discutível. Um floater é um floater, não é um aereo reverse nem um tubo, nem as quilhas andaram de fora. Se tivesse havido uma manobra de qualidade antes do tal floater, ai sim talvez a nota fosse acertada.

Recordo-me de um manobrão de Kelly Slater de quilhas de fora sobre o grosso e crítico lip de Teahupoo com finalização em air drop ser brutalmente mal pontuado, pelo grau de dificuldade e risco que aquela manobra implicava. Os juízes da ASP ai não tiveram em conta a rasa bancada de coral num dia em que se pontuavam manobras em Teahupoo, mas argumenta que a finalização do Adriano foi no raso banco de areia e que isso, tal como o tamanho da onda, justifica a nota. Imagino que ser juiz seja uma tarefa muito difícil, ainda por cima em eventos desta natureza e com um criterio de julgamento tão subjectivo que permite várias argumentações, mas há scores que de facto são polémicos.

Seja como for, o Adriano surfou muito neste evento, na final foi implacável na escolha de onda contra Taj que tambem esteve lindamente durante a prova.
O titulo mundial continua em aberto o que só aumenta a expectativa para os próximos eventos. No entanto, este ano pela primeira vez, aposto em Taj para campeão do mundo.
Alem de estar a surfar muito, os números até agora tambem lhe são favoráveis. Se deitarmos fora o pior resultado dos candidatos, Taj é o que tem a soma dos dois melhores resultados com dois 2ºs lugares. Se ganhar o próximo evento então ai fica mesmo o mais bem posicionado candidato do grupo dos que ganharam eventos, Adriano, Parko, Slater e Taj.
A ver vamos!

Adriano   - 9º, 3º, 1º
Parko      - 9º, 1º, 5º
Slater       - 1º, 5º, 13º
Taj           - 2º, 25º, 2º

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Rio de Janeiro - World Tour

A ultima passagem do Tour pela cidade do Rio de Janeiro foi em 2001.
Nessa altura ainda contabilizavam o score das 3 melhores ondas, e o então rookie Trent Munro venceu Mark Occhilupo na final, na Praia do Arpoador. Cj Hobgood, que tinha sido eliminado nas meias finais, assumiu a liderança do Ranking para meses mais tarde se tornar campeão do mundo depois da tragédia do 11 de Setembro.
Outro rookie nesse ano foi Joel Parkinson, ficou em 3º na etapa eliminado por Munro.
Em 2001, nomes como Shane Dorian, Rob Machado, Luke Egan, Pat O'Connel e Peterson Rosa corriam o circuito. Slater estava no seu retiro de 3 anos depois de ter ganho 6 títulos na década de 90.
Alguns dos vencedores no passado foram:

2000 - Kalani Rob
1999 - Taj Burrow
1998 - Peterson Rosa
1997 - Kelly Slater
1996 - Taylor Knox
1995 - Barton Lynch
1994 - Shane Powel
1993 - Dave Macaulay
1992 - Damien Hardam
1991 - Flavio Padaratz

De volta a 2011, dos três picos (Arpoador, Barra da Tijuca e Recreio) que serão possíveis palcos do evento este ano, já tive oportunidade de surfar no Arpoador e na Barra. O Arpoador, chamado de Arpex é um point break de esquerda entre Copacabana e Ipanema, o crowd é intenso quando está ON. A Barra e o Recreio ficam mais para Sul e são ambos beach breaks.

Palpites? Há sempre os destaques que ao longo do evento fazem heats fantásticos, scores altíssimos mas para a vitoria final aposto em Slater, Jordy ou Taj

terça-feira, 3 de maio de 2011

Como ganhar ao Kelly Slater

Kelly Slater vs Owen Wright no Rip Curl Search Portugal, Pico da Mota.
Na entrevista no final do video, Owen Wright explica como.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Querer ganhar!

"os campeões não são pessoas normais"
"os campeões regularmente fazem coisas que os outros acham chato ou aborrecido fazer"

Frases do Head Coach da equipa Júnior Australiana.

Características como ter paixão pelo que faz, treinar arduamente, pensar como um atleta, ter sua vida bem organizada, seguir um conjunto de programas, ideias e objectivos com um único fim - ganhar e nunca desistir sejam quais forem as adversidades que apareçam pela frente -, são algumas das caracteristicas que estão presentes de forma muito vincada na personalidade dos atletas campeões.

Os campeões com regularidade, ou seja, aqueles que vencem mais que uma vez, assumem sem preconceitos ou receios que estão nas competições para ganhar, ganhar é tudo o que interessa. Sonhar com vitorias, chegar ao pódio e levantar troféus que tanto se sonhou é totalmente legitimo! A questão é que isso só se consegue, de forma repetida e consistente, com muita organização pessoal/familiar e muito treino. Nada acontece por acaso e no desporto muito menos. Só treinando muito é que se consegue desenvolver aquela ponta de talento que alguns apresentam, mas poucos desenvolvem. O sucesso só está ao alcance de um restrito grupo de atletas, aqueles que mesmo em momentos de duvida das suas capacidades se superaram e continuaram a acreditar que tudo depende do seu esforço pessoal, e não da sorte.

Nem sempre é fácil manter esta atitude de segurança, certeza e obstinação pelo que se quer. Por vezes há derrotas ou outras situações que põe tudo em causa, revelam fraquezas e inseguranças. O que é preciso aceitar é que isto faz parte do processo, é normal sentir essas inseguranças, é normal perder, é normal ter esses momentos de incerteza sobre se se é capaz de atingir o que se desejou. Se não existissem estes momentos complicados, todos seriam campeões, o caminho seria fácil sem obstáculos. Os verdadeiros campeões aceitam estes problemas como sendo parte do processo. Uma derrota pode ter duas consequências:  fazer um atleta duvidar das suas capacidades ou por outro lado por fazer com que se queira treinar mais e com mais empenho de forma a melhorar os pontos fracos que o impediram de atingir o resultado desejado.

Nas camadas mais jovens acontece algumas vezes o fenómeno de, um atleta muito talentoso e que treina menos tempo comparando com outros, ganhar a maioria dos eventos. Mas será que irá ser assim no futuro, nas categorias Seniores, numa altura em que o trabalho a maioria das vezes derrota o talento?

Até se conseguir obter bons resultados de forma consistente, é preciso gerir e aproveitar as derrotas como uma das melhores formas de aprendizagem que existem no desporto. Nem todos atingem a maturidade ou o grau de desempenho desportivo desejado ao mesmo tempo.

Como se obtém aquela confiança ou determinação para assumir o "eu quero ganhar"?
Acima de tudo é através de um desejo ou obstinação enorme de querer vencer, de querer subir ao mais alto lugar do pódio. Depois é treinar, treinar e treinar, organizar a sua vida para ir conseguindo ultrapassar os vários obstáculos que irão tapar o caminho, aceitar as derrotas como a melhor forma de identificar o que precisa ser trabalhado até chegar ao lugar desejado ou possível de atingir.

Vejamos o caso do atleta Tiago Pires, que já é um campeão só por estar na elite do surf nos últimos 4 anos. Um dos factores que o fazem continuar a obter ainda melhores resultados é o facto de ele não se ter resignado com os resultados já obtidos, nem com as vitorias nem com as derrotas. Ele quer mais e continua a trabalhar arduamente para o conseguir.
É um processo que nunca pára.  

Video 2ª etapa Circuito Junior Samadi

Uma semana antes do inicio da 3ª etapa, o CSC lança o video com o resumo da 2ª etapa.

SAMADI Pro JUNIOR #2 etapa by Centro Internacional Surf from Alex Figueiredo on Vimeo.