segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Calendario Campeonato Nacional Esperanças 2011

1ª Etapa, Costa Caparica,  5 a 7 de Março

2ª Etapa, Lagoa de Albufeira, 16 a 18 de Abril

3ª Etapa, Aveiro - Praia da Barra, 10 a 12 de Junho

4ª Etapa, Viana do Castelo - Praia da Mariana, 12 a 14 Agosto

5ª Etapa, Sºao Torpes, 9 a 11 de Semebro

Finalissima, São Pedro do Estoril, 5 a 6 de Novembro

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bottom Turn - A curva na base da onda

Há dois tipos gerais de Bottom Turns. Um mais apertado, para entradas mais verticais na onda (ex: off-the-lip, off-the-foam) e um mais largo para entradas mais na horizontal (ex: cutbacks, ganchos,).

No mais apertado, o surfista deve pressionar o tail com força e rapidez, olhar para a secção mais junto ao pocket. A torção do tronco e flexão da perna de trás é fundamental para criar mais verticalidade.
No Bottom mais largo, o olhar do surfista deve centrar-se numa secção mais avançada da onda, a ideia aqui é entrar mais na diagonal e na parede da onda. A pressão no tail deve ser mais continua.

Um erro comum é os surfistas não descerem o suficiente ao Bottom da onda, logo não geram ângulo e velocidade suficiente para completarem de forma fluída as manobra seguintes.
A tomada de decisão entre o apertado e o largo deve ser tomada durante a remada e drop, ou após cada manobra realizada.

Como não existem sistemas de treino perfeitos, há varias formas de treinar um Bottom Turn.
Só é preciso uma maquina de filmar, um amigo que filme ou um treinador.
Uma das formas requer que o surfista faça uma analise atenta das condições antes de entrar no mar, ou seja, perceber o numero de ondas que poderá conseguir apanhar, se as ondas estão rápidas, lentas, e qual o melhor pico da praia. Um famoso treinador Australiano costuma dizer que, se a onda esta gorda, mole e lenta, faz Cutbacks!
Em seguida, passar 30 minutos na agua a fazer o melhor Bottom Turn possível logo na primeira oportunidade que tenha, sem se preocupar demasiado com o resto da onda, apenas em fazer bons Bottom Turn. Os 30 minutos seguintes devem ser passados a tentar encaixar o maior numero de manobras que a onda permita, sempre com Bottom Turns de qualidade.
Desta forma treina-se o Bottom Turn em específico sem descuidar o aproveitamento da onda na generalidade durante uma surfada.

Os surfistas que queiram transportar para um nível elevado as suas qualidades técnicas seja para free-surf ou para competição, devem contratar um treinador qualificado que ajude a identificar os erros.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A "zona"

Andy Irons explicava numa entrevista à revista Surfing em 2008, que os dias de flat, períodos de espera e sucessivos "lay day" nas competições podem desfocar um atleta do seu "mind set", afectar a sua confiança ou fazer com que saia da "zona" como ele lhe chamou. Estar na "zona" é um estado de posicionamento psicológico fortissimo em que nada afecta o estado de preparação mental e motivacional do atleta para a competição. Andy dizia que ao estar na "zona" sentia que estava pronto para a prova, aconteça o que acontecer, e sentia que os outros sabiam que ele estava preparado. Mesmo antes de entrar na agua, já havia um vencedor antecipado. Bastava-lhe apenas conseguir um bom score no inicio do heat, diminuir a confiança do adversário, para o heat estar sob controlo.

Estar na "zona" significa trabalhar a confiança em si próprio a longo prazo, trabalhar a consistência nas competições e nos treinos, trabalhar a acertividade das manobras e das decisões tomadas durante os heats. Significa tambem estar preparado e ter estudado bem a lição sobre qual será a sua estratégia a utilizar ao longo da prova. Significa estar em forma nas diversas componentes desportivas, física, psicológica, táctica, estratégica, ter o equipamento certo e estar bem com a sua vida pessoal. Estar na "zona" não significa ganhar sempre, as derrotas fazem parte do processo, mas significa estar capacitado para ganhar muitas vezes.

Este fenómeno é um factor treinavel. Nas camadas mais jovens é da total competência do treinador conhecer profundamente cada atleta e ajuda-los a manter os níveis de motivação e confiança com as exigencias proprias de cada escalão etário, através de um plano sequencial e organizado do treino. Ajuda-los tambem a desenvolver a competência de se focarem no processo e não no resultado.

"O domínio das situações só é ganho pelo treino",
Frase de um treinador de futebol Português a treinar em Madrid!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Primeiro post

Ao surfar pela Internet ou a percorrer varias livrarias à procura de conteúdos específicos sobre o treino, preparação, planeamento e organização da actividade desportiva especifica do surf, pouco ou nada encontrei.
Existem milhares de sites e artigos literários sobre modalidades colectivas e individuais como ciclismo, ténis, judo etc, com conteúdos muito úteis de e para treinadores, atletas, praticantes e interessados nessas modalidades ou sobre organização do treino de forma geral. Autores como o Prof. José António Lima, Jorge Araújo ou José Curado são referência na recente ciência do treino em Portugal para qualquer treinador qualquer que seja a modalidade.
Mas nenhum foca o surf particularmente.

No caso da Internet, a excepção são dois sites Australianos inteiramente dedicados ao assunto. A nível literário em Português, excepto a tese apresentada em livro pelo Professor Miguel Moreira e pontuais artigos em revistas, não encontrei nada de referencia. Há excelentes sites, blogs e livros sobre surf, sobre noticias, soulsurfers, dicas, os famosos auto-didácticos, "Learn to surf", o excelente "Manobras 7" do João Macedo, mas não há nenhum de referência sobre os aspectos do treino do surf enquanto modalidade desportiva, nem nas camadas jovens nem nos adultos.   

Assim, permiti-me a ousadia de iniciar este blog com o objectivo de expor e partilhar os meus relatos e vivências pessoais, reflexões, aprendizagens, duvidas e indignações sobre o treino e outros temas na área do surf.

Obrigado
Espero que gostem e que possa ser útil