segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bobby Martinez

A polémica entrevista de Bobby Martinez no QSPRONY não surpreende. Estava-se mesmo à espera que alguma coisa do género iria acontecer. O que talvez surpreenda são algumas opiniões a favor da atitude do Bobby e a favor do que ele defende. A ASP pode não ser a mais perfeita organização, mas não é assim que alguma coisa vai mudar. A falta de educação não pode ser tolerada pela ASP. Lembro-me do Slater que, ao não estar de acordo com algumas directrizes da ASP, ameaçou criar o seu próprio circuito, apresentou propostas à ASP, muitas das quais acabaram por ser aceites, tornando o circuito no que é hoje. Mais prize-moneys, menos surfistas, maior competitividade para os circuitos WT e WQS, maior competitividade e interesse postos em cima dos ultimos da tabela do WT, sob o risco de serem ultrapassados por outros. Acho que era unânime a opinião de que assistir a heats entre os últimos classificados do ranking do WT era no mínimo, chato. Ora para essa chatisse não se prolongar por um ano inteiro, a ASP resolveu o corte no Ranking. As entradas de Gabriel Medina, Pupo e Yadin (lesionado vai dar lugar a John John Florence) vão dar um novo hipe ao circuito. Quanto a isso, acho que ninguém discorda.

Por outro lado, Bobby é contra o facto de se poder ser ultrapassado na classificação por surfistas contra os quais não se competiu.
Ele não competiu porque não quis. Os Prime e Star Events são abertos a atletas do WT e atribuem agora preciosos pontos. Kelly Slater, Julian Wilson, Damien Hogbood ou Alejo Muniz são alguns dos vencedores de eventos Prime e são todos atletas do WT. E alguns eventos são em excelentes spots como Trestles, Margaret River ou Sunset.
Os atletas qualificados no inicio do ano para o WT têm a possibilidade de, se as coisas lhes correr bem, se requalificarem apenas com provas do WT. Caso contrário, tem o fantástico bónus extra de poderem participar em eventos Prime e Star com atletas menos rankiados e garantirem ai pontos suficientes para a requalificação!
Este corte no ranking, na verdade, defende os surfistas do WT. Ficou muito mais difícil para um atleta do  WQS qualificar-se para a elite do WT. O facto é que neste corte apenas 3 surfistas conseguiram essa proeza.
Um bom exemplo é Travis Logie, que ao ver a vida andar para trás, correu uns quantos WQS, correu atrás do prejuízo e no fim teve a sorte de garantir a qualificação por Wildcard. Vai estar o resto do ano na elite a fazer o que mais gosta, surfar e competir.

Aqui em baixo, as entrevistas do Bobby Martinez

http://www.youtube.com/watch?v=z-hpE6uwvoM&NR=1
Entrevista 1

http://www.youtube.com/watch?v=gz3hF8cwYVI
Entrevista 2

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